sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Eu já vi esse filme...


Um dos maiores objetivos da Ciência sempre foi o de conectar a mente humana à uma máquina. Conseguir o poder de controlar máquinas apenas com o pensamento. Ou mais: Transferir a mente humana à um robô, alcançando assim, a imortalidade. Um sonho tão grandioso, que graças a um cientista brasileiro, está perto de ser realizado.
No dia 5 de Outubro, um estudo publicado na revista Nature, falava sobre um projeto realizado pelo cientista Miguel Nicolelis, da universidade de Duke, nos Estados Unidos, e do Instituto de Neurociências de Natal, no Brasil, onde ele e sua equipe fizeram algo até então impossível: Conseguiram fazer um macaco controlar um braço robótico apenas com a mente, e o mais incrível, o cérebro do macaco recebeu de volta sinais táteis, podendo sentir a textura dos objetos que o braço mecânico tocava.
Intitulado Walk Again, o projeto ambicioso, coordenado por Nicolelis, pretende fazer pessoas tetraplégicas voltarem a andar, por meio de uma veste robótica, dando a elas uma vida totalmente nova. O objetivo de Nicolelis é fazer uma pessoa dar o pontapé inicial no jogo de abertura da Copa do Mundo de 2014 usando o equipamento, o que aumentaria a visibilidade do Brasil no mundo.

Imagem retirada do site da revista Veja

O experimento durou em torno de 3 anos, e foi finalizado ano passado. Na 1ª faze, eram utilizadas interfaces cérebro-máquina (ICM), sensores capazes de captar a atividade elétrica dos neurônios, decodificá-la e enviá-la a artefatos robóticos. Porém, na 2ª faze foi utilizada uma interface cérebro-máquina-cérebro (ICMC), que além de decodificar e enviar os sinais elétricos do neorônia para a máquina, envia informações de volta para o cérebro, por meio de sinais visuais, táteis ou elétricos.
As aplicações para essa nova tecnologia são diversas. Além de trazer de volta os movimentos à pessoas com deficiência, por meio de próteses ou corpos artificiais, as interfaces ICMC poderão ser utilizadas em campo de batalha, em operações militares de alto risco. Viagens tripuladas à outros planetas poderão ser feitas por avatares robóticos, e pessoas na Terra receberão as sensações que eles teriam tocando o solo de Marte, por exemplo. Os mesmo avatares poderiam ser utilizados no entretenimento. Imagine como seria jogar um game como Call of Duty, por exemplo, com um corpo de verdade, correndo, atirando, sentindo o cheiro da pólvora.

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