quinta-feira, 10 de janeiro de 2013


Conheça 5 grandes traições da história.



Otelo e Iago - 1603.

O poeta e dramaturgo inglês William Shakespeare sempre explorou a traição em suas peças: Rei Lear, Hamlet, Mac Beth… Mas foi a falsa amizade de Iago na peça “Otelo, o Mouro de Veneza” que se tornou a mais famosa de todas. Na história, Iago, alferes do general Otelo, se sente injustiçado quando seu comandante nomeia outro para o posto de tenente. Decide então se vingar, fazendo Otelo pensar que sua mulher, Desdêmona, o traiu. A trama funciona e, consumido pelo ciúme, o general acaba matando-a asfixiada. Quando descobre que tudo não passou de uma mentira de seu alferes, suicida-se.
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Tiradentes e Silvério - Minas Gerais, 1789.

Quando ainda era uma colônia de Portugal, o Brasil protagonizou uma das grandes apunhaladas nas costas da história. Na capitania de Minas Gerais, região de grande importância na época pela extração de ouro, Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, organizou um levante de objetivos separatistas após a Coroa Portuguesa aplicar taxas abusivas. Quando tudo parecia encaminhado, um de seus companheiros, Joaquim Silvério dos Reis, delatou aos portugueses o movimento. Silvério ganhou posses e nomeações. Já Tiradentes acabou enforcado e esquartejado. A independência do Brasil só viria décadas depois, em 1822.

URSS e Alemanha - 1941.

Poucas traições foram tão grandiosas a ponto de envolver duas nações. União Soviética e Alemanha assinaram em 1939, às vésperas da Segunda Guerra Mundial, o Pacto Molotov-Ribbentrop, ou simplesmente Tratado de não-agressão germano-soviético. O pacto estabelecia que a Alemanha nazista de Hitler e a URSS de Stálin não iriam interferir uma na outra em termos bélicos. A ideia era que a Alemanha atacasse e anexasse a Polônia sem intervenções soviéticas, enquanto apoiaria uma invasão soviética à Finlândia. Ambos os ataques se concretizaram em 1939. Tudo parecia perfeito na amizade entre os dois regimes, até que, em 1941, sem grandes explicações, Hitler atacou os russos na Operação Barbarossa. A URSS, após tamanha traição, entrou de vez na guerra ao lado dos Aliados. O resto é história.
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César e Brutus - Roma, 44 a.C.

Marcus Junius Brutus, membro da aristocracia romana, lutou contra César ao apoiar Pompeu Magno nas guerras civis romanas, mas foi posteriormente perdoado e nomeado pretor, como favorecido de Júlio César. Contudo, a lealdade do general romano não durou muito tempo: ele conspirou com Cassius, outro general, para a morte do imperador. Numa reunião do Senado, César foi apunhalado, caindo aos pés da estátua de Pompeu. Suas últimas palavras teriam sido “Tu também, meu filho?”, se referindo a Brutus. A versão mais conhecida veio da peça de Shakespeare: “Até tu, Brutus?”.

Jesus e Judas - Jerusalém, 33 d.C.

A maior traição da história está relatada na Bíblia: Judas Iscariotes, um dos 12 apóstolos de Jesus Cristo, é o traidor mais famoso de todos os tempos. Tanto que seu nome virou sinônimo de traidor. Por 30 moedas de prata ele entregou Jesus aos romanos. Depois da última ceia, Judas o beijou no rosto, o sinal que havia combinado com os soldados romanos. O fim da história todos conhecem: Jesus foi crucificado. Judas teria se arrependido e acabou se suicidando. A ironia é que a maior traição de todas talvez tenha sido, na verdade, a maior prova de amizade: ao trair Jesus, Judas teria sido o único apóstolo a ajudá-lo a cumprir com seu destino.
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